sexta-feira, 12 de abril de 2013

Raiva

A raiva (também conhecida impropriamente como Hidrofobia, é uma doença infecciosa que afeta os mamíferos causada por um vírus que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica e propaga. Por ocorrer em animais e também afetar o ser humano, é considerada uma zoonose.
 A transmissão dá-se do animal infectado para o sadio através do contato da saliva por mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas ou arranhões. Outros casos de transmissão registrados são a via inalatória, pela placenta e aleitamento e, entre humanos, pelo transplante de córnea. Infectando animais homeotérmicos, a raiva urbana tem como principal agente o cão, seguido pelo gato; na forma selvagem, esta se dá principalmente por lobos, raposas, coiotes e nos morcegos hematófogos. 80% dos casos registrados são em carnívoros.

Mesmo sendo controlada nos animais domésticos em várias partes do mundo, a raiva demanda atenção em razão dos animais silvestres. Em saúde pública gera grande despesa para seu controle e vigilância, mesmo nos locais onde é considerada erradicada ou sob controle, já que é uma doença fatalem todos os casos que evoluem para a manifestação dos sintomas. Até 2006 apenas 6 casos de cura entre humanos foram registrados, dos quais 5 haviam recebido o tratamento vacinal pré e pós-exposição e somente um, em 2004, parece não haver recebido estes cuidados. A este caso único de cura, uma adolescente de Milwaukee, ensejou a uma segunda cura, desta feita num hospital público do Recife, no Brasil.

Sua incidência é global, salvo em algumas áreas específicas em que é considerado erradicado, como a Antártida, Japão, Reino Unido, e outras ilhas.A transmissão se dá pela saliva do animal infectado para o sadio.

Transmissão


Em animais domésticos (cão e gato) o período de transmissão tem início de 2 a 3 dias antes do surgimento dos sintomas clínicos, e perdura por toda a evolução da doença - com a morte ocorrendo entre 5 e 7 dias após a manifestação sintomática; já entre animais silvestres não há estudos que apontem esse período com certeza, variando conforme a espécie hospedeira; nos morcegos, contudo, sabe-se que este período é bastante longo e assintomático.

Agente Etiológico

O agente etiológico da raiva foi inicialmente identificado por Adelchi Negri, em 1903 que, por visualizar os corpúculos virais presentes nas amostras, tomou-os por parasitas protozoários. Alguns meses mais tarde é que Paul Remlinger (1871–1964), do Instituto Bacteriológico Imperial de Constantinopla, demonstrou a filtrabilidade do agente, identificando-o como um vírus.

Inicialmente era apontada apenas uma espécie virótica do lissavírus como agente da raiva. Mais tarde o uso de métodos sorológicos detectou a existência de quatro sorotipos diferentes. Modernamente, com a análise da genética molecular, sete tipos distintos foram detectados. Quatro novos tipos foram detectados na Europa e Ásia em quirópteros e ainda estão sendo apreciados.

Tratamento

O paciente humano deve ser mantido em isolamento, num local com baixa luminosidade e incidência de ruídos; não pode receber visitas e apenas se permite a entrada dos envolvidos no tratamento, com uso de equipamento de proteção individual(EPI).

Sem tratamento específico, a raiva comporta terapia de suporte: alimentação por soro nasogástrico, hidratação, controle de distúrbios eletrolíticos e ácido-básicos, de febre e vômito; uso de betabloqueadores na hiperatividade simpática, entre outros.

Confere-se imunidade pela aplicação da vacina antes e depois da exposição pois, uma vez manifestado o quadro sintomático, o paciente evolui para o óbito. 

Enviado por: Petrus Fernandes

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