quinta-feira, 11 de abril de 2013

Gonorréia

A gonorréia é infecciosa e contagiosa, sexualmente transmissível – DST -, provocada pela presença da bactéria Neisseria gonorrhoeae, ou gonococo, que prolifera sem nenhuma dificuldade nas partes do aparelho reprodutivo que se revelam mais úmidas, como o cérvix, o útero e os tubos de falópio nas mulheres; na uretra, tanto nos homens quanto no sexo feminino. Esta bactéria também pode escolher outras áreas do organismo para o seu crescimento, como a boca, a garganta, os olhos e o ânus.



O gonococo atinge preferencialmente as células da uretra, evitando as superfícies escamosas da vagina e do útero. A doença é transmitida não só através de relações sexuais completas, mas também no mero contato com o pênis, a vagina, o ânus, e até mesmo com a boca. Portanto, ao contrário do que muitos pensam, não é preciso haver a ejaculação para a transmissão da gonorréia. A infecção pode ocorrer igualmente durante o parto, se a mãe estiver contaminada, ou por vias indiretas, com o compartilhamento de artigos de higiene íntima femininos, raras vezes em vasos sanitários, ou pela utilização de agulhas contagiadas.

Os sintomas podem se revelar mais amenos nas mulheres, o que se torna um risco para elas, pois sem tratamento o quadro pode se complicar. Quando estão presentes, exteriorizam-se na forma de corrimento intenso, com segregação de pus – na uretra, em homens e mulheres, ou na vagina -; coceira na uretra e ardor na hora de urinar, complementados no sexo feminino com um estado de incontinência urinária; às vezes pode haver também um pouco de febre. È possível, em alguns momentos, haver uma séria evolução da doença, com a dispersão desta enfermidade pelo aparelho reprodutor superior. Ocorrem então fortes dores abdominais depois de algumas semanas, dentro de um contexto conhecido como Doença Inflamatória Pélvica, em conseqüência de um processo infeccioso que atinge o útero, as trompas de falópio e o abdômen. A mulher pode, como resultado deste agravamento, tornar-se infértil – aliás, esta enfermidade é uma das maiores fontes de esterilidade feminina.

A gonorréia pode igualmente ocasionar o aborto espontâneo, o nascimento de uma criança já morta, ou prematura; perda de peso, inflamações da mucosa uterina, da próstata, do canal que armazena os espermatozóides produzidos pelos testículos – o epidídimo -, inflamação do bacinete - cavidade renal que recebe a urina direcionada depois para a bexiga -, a qual pode se estender ao parênquima renal, meningite, inflamação do miocárdio, infecção no globo ocular, pneumonia, entre outras complicações. Para evitar um quadro mais sério, é preciso saber que os primeiros sintomas surgem depois de dois a quatro dias da aquisição da bactéria, levando um tempo mais longo, aproximadamente dez a trinta dias, apenas em raros casos.

O diagnóstico da gonorréia não exige a realização de exames em laboratórios, pois ela é detectada em uma simples observação clínica. Mas, se for preciso, pode-se recorrer a pesquisas epidemiológicas, como, por exemplo, a coleta “in vitro”. O tratamento também não é complicado, pois há diversos antibióticos que curam com êxito esta enfermidade, tanto em adolescentes quanto nos adultos. Mas, atualmente, outras espécies de gonorréia mais resistentes têm surgido, provocando algumas dificuldades. Quando ocorre a conjunção da doença com outra igualmente transmissível por vias sexuais, a clamídia, o paciente é tratado com a associação de antibióticos, que combatem ambas. O tratamento é imprescindível, pois prejuízos mais sérios, que se instalam em fases posteriores, muitas vezes são irreversíveis. Pacientes que já tiveram a doença podem ser contaminados novamente se persistirem na relação com parceiros contagiados, mesmo quando foram devidamente tratados.

A manutenção de uma boa higiene, o uso de camisinha, evitar o sexo indiscriminado com vários parceiros, são formas eficazes de prevenir a gonorréia e outras doenças sexualmente transmissíveis. A pessoa que suspeitar da presença desta e de outras enfermidades semelhantes devem cessar qualquer relação sexual e procurar imediatamente um especialista.

Enviado por: Beatriz Mota


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